Comentamos o texto de Nelson Asher " Quente ou Frio" (Folha de São Paulo, 04 de Fevereiro de 2008 - Ilustrada)
Achei a preocupação do Asher bastante válida, pois questões mundiais devem ser tratadas definindo prioridades. Não que as questões ambientais não devam serem levadas em conta mas, numa escala de 0 a 10 de prioridade ( zero mais urgente) acho que a questão ambiental deveria ser tratada como prioridade 1 e "os perigos autênticos que nos rondam: fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares" deveria ser tratado como prioridade zero.
Assistimos a um filme: "Denise está chamando"
O filme nos mostra como pessoas aparentemente juntas( amigos, namorados, filhos etc..) podem estar tão separadas fisicamente que nem conseguem sentir este afastamento. Estas pessoas mantém contatos telefônicos diariamente dando a falsa impressão de que estão se vendo.
O telefone é a mola mestra deste filme, pois é através dele que as pessoas se conhecem, namoram, nascem ou morrem.
Deu para notar que as pessoas se sentem inseguras quando largam o telefone e tentam interagir pessoalmente.
A única coisa que o telefone não conseguiu manter afastado foi um núcleo familiar composto de pai, mãe e filho, demonstrando que esta base sempre será mais forte que qualquer tecnologia que venha para afastar as pessoas.
quarta-feira, 5 de março de 2008
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2 comentários:
Interessante que quase sempre estamos tentando estabelecer hierarquias, prioridades, e sem perceber as limitações dessas estratégias. O que é prioridade para um, não o é para outro. Então, como saber o que é mais importante? Penso que o texto de Morin nos ajuda a entender que precisamos efetivamente de uma reforma do pensamento, tratando de forma complexa os processos, os saberes, para poder construir uma compreensão mais dinâmica do mundo. Vamos aprofundar essa discussão...
No filme é mostrado de maneira bem divertida as neuroses geradas pelo medo de se comunicarem face a face. Acho que a tecnologisad eve ser usada de maneira saudavel. Quando impossibilita relacionamentos reais aí já é caso clínico.
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